
Reflexões em Verde e Branco
Vou fazer uma coisa que não gosto: Tocar num assunto que não tenho conhecimento.
Tudo bem, não adentrarei em questões técnicas (justamente por não ter known how no assunto), mas levanto o tema porque é algo importante e que tem tirado o sono da torcida há algum tempo.
Não que tenha sido exclusividade de 2013, mas o ano que se passou foi marcante pela quantidade de lesões musculares que afetaram o time do Coritiba.
Os tais “setembros negros”, aliás, onde o time perde brutalmente o rendimento por conta de lesões e afastamento de atletas, são eventos recorrentes e que assombram qualquer torcedor do Coritiba, por minimamente informado que seja.
Eu mesmo, ao final do ano, fiz uma coluna de “balanço”, e disse que, para 2014, este era um dos principais problemas (se não “o” principal) a ser atacado, afinal, a capacidade de almejar vôos mais altos por parte do Coxa estava sendo tolhida por um problema interno e crônico.
Acontece que, mesmo deixando o elenco principal numa longa pré temporada e com trabalhos físicos individualizados, o “fantasma das contusões” não deixou de assombrar o Verdão.
Onde menos se esperava, num time de meninos (e realmente são) que está a disputar o Paranaense, eis que as contusões musculares apareceram, e com uma intensidade alarmante. Já são 5 jogadores com lesões musculares em apenas 4 partidas! O zagueiro Wallison, os volantes Djair e Artur, o lateral esquerdo Timbó e o atacante Maykon.
Como falei no início, não sou conhecedor da área, mas conversando com amigos e conhecidos experientes em fisiologia, eles mesmos se surpreenderam com o número de lesões, em tão pouco tempo, todas musculares, acometendo atletas jovens (que têm uma incidência deste tipo de lesão bem menor do que comparado a jogadores mais experientes).
Este panorama faz crer que há algo de equivocado na preparação física destes atletas.
É leviano apontar nomes ou fazer afirmações sem a expertise necessária para tal. Mas é inegável que o Coritiba está com um gráfico de lesões musculares “anos luz” fora da curva padrão... Cenário este agravado quando se percebe que as contraturas não se restringem aos jogadores mais veteranos, aparecendo com intensidade devastadora também nos atletas de pouca idade.
O acaso não seria tão cruel com um clube em especial. Há algo errado, muito errado, e que precisa ser revisto pra ontem!
Um novo “setembro negro” não teria justificativas...
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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