
Reflexões em Verde e Branco
Muitos da imprensa especializada “estranharam” a demissão do Superintendente de futebol Felipe Ximenes juntamente com o Técnico Marquinhos Santos.
Em verdade, esperavam a troca do comendo técnico, para a implantação do chamado e conhecido FATO NOVO, mas ficaram aturdidos com a demissão estendendo-se para a superintendência.
Me peguei pensando sobre isso, e creio que “imagino” os motivos para a ampla e radical modificação de estrutura: Desde que assumiu, Vilson Ribeiro de Andrade, CEO de uma grande corporação bancária, traçou metas e fiou-se num projeto de saneamento, recuperação, estruturação e crescimento do Coritiba, projeto este que englobava não somente a área administrativa, mas também (e essencialmente) o futebol.
Desde aquela época, ouvia-se sobre o dito “Projeto” do Coritiba. Infelizmente, esse mote era usado tanto para o bem (em forma de incentivo, perspectiva e esperança de futuro), quanto para o mal (com desdém, desrespeito e ironia, como se cada percalço fosse prova de que o projeto era um embuste).
Nunca foi segredo que a diretoria planejava 5 anos. Com a recolocação do time na primeira divisão como plano inicial, a retomada das quotas de TV, a equalização das dívidas e a consolidação do time entre os grandes do cenário nacional.
Quando da excelente campanha de 2011, o presidente disse publicamente que se via feliz com o desempenho, porém, ressaltava que estava acima do almejado, esperando o clube atingir o seu ápice gradativamente, planejando tal para o final de 2013.
Realmente, o clube respondia ao propósito do papel, com a hegemonia estadual e a chegada consecutiva a duas finais da Copa do Brasil.
Esse panorama, na minha visão, justifica o apoio dado pela presidência ao Superintendente Felipe Ximenes, em detrimento de técnico (como foi com Marcelo Oliveira) ou mesmo de diretores (como foi na saída de Pedroso). Ximenes fazia parte do projeto em andamento, e Vilson, dentro de sua visão de executivo, bancava sua peça chave nesse quebra cabeça.
Acontece que, apesar de todo o planejamento, os resultados neste atual momento mostram que a curva ascendente traçada, não atingirá seu ápice gráfico ao final de 2013, ao contrário. O planejamento obrigatoriamente terá de sofrer um recuo, possivelmente com a reestruturação de um elenco que, apesar de “no papel” ter se mostrado condizente, “na prática” não surtiu o que se esperava.
Assim, fica claro (pelo menos para mim) que, detectado o insucesso no Projeto, como todo executivo de grande empresa, Vilson foi radical, mas não menos calculista, reestruturando as peças necessárias para a retomada do objetivo, o retrocesso necessário e a conclusão do que fora estipulado.
Visto por esta ótica, não soa tão abrupta ou intempestiva a atitude de mudança ampla... Assim como, não mais parece tão particular o prestígio irrestrito a um único profissional em detrimento á divergências internas.
Não... Obviamente que a mudança não faz parte do projeto. Mas sim, a decisão em mudar tem como objetivo o alcance das metas projetadas.
Acredito nisso! E pelos resultados apresentados nestes anos após declínio de 2009, não há porque duvidar da capacidade desta diretoria.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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