
Reflexões em Verde e Branco
Olha só! O apoio ao time funcionou de novo!
Será que estão mesmo tão errados aqueles que tentam apoiar o Coxa acima da política e das questões extra campo? Enfim... Se a dialética não funciona na internet, manterei minha retórica. As provas estão aí, pra quem “quiser” ver.
E atendendo às expectativas, eis que com uma semana inteira para trabalhar e contando com o retorno de quase todos os titulares, o Coritiba voltou a jogar aquele belo futebol que fez o time permanecer invicto e ponteando o campeonato nacional pra longas rodadas.
Não existe fórmula mágica. A verdade é que time nenhum nesse Brasil conseguiria passar ileso pelo período de contusões que o Coxa passou. Ainda mais um time como o nosso, sabidamente vivendo no limite do orçamento e que apostou num grupo principal ousadamente mais forte (e por conseguinte mais caro), em detrimento da homogeneidade do plantel inteiro.
Pagamos o preço! Da mesma maneira que conseguimos a liderança e uma extensa invencibilidade, sucumbimos à magreza qualitativa do grupo. Talvez um pouco mais de sorte fosse o suficiente para que tivéssemos alternado menos os titulares contundidos... Enfim, não adianta chorar o leite derramado, mas sim, aprender com tudo que aconteceu este ano, sejam as boas, sejam as más lições.
Péricles Chamusca contrariou o senso comum (e me incluo nesta linha de pensamento) e não só escalou, mas também treinou, Willian e Urso juntos.
De um time eminentemente defensivo (com o uso de dois primeiros volantes), a alternativa tática transformou o Coritiba numa equipe extremamente compacta e rápida. Willian e Urso protegiam setores na mesma altura do campo, mas em lados opostos, o que permitia a formação de dois triângulos, um na direita com Gil, Robinho e Willian e outro na esquerda com Carlinhos, Geraldo e Urso.
Conforme ressaltou meu amigo Gui Bandeira enquanto analisava a partida, a forma como o Coritiba “girava”, foi algo que chamou a atenção: Com a bola na direita do time, por exemplo, Carlinhos se juntava aos zagueiros, deixando Geraldo aberto e permitindo que o Urso já saísse pra fazer a sobra de Willian. Por isso o time se mostrou tão compacto e rápido nos contra ataques, coisa que não vimos nesse ano inteiro.
Tudo isso mostra não só a qualidade do time, mas também a capacidade do técnico Péricles Chamusca, que, com tempo para trabalhar, pôde aprimorar essa sua visão tática e aplicá-la nessa linda partida do Verdão contra o Grêmio.
Só para fechar:
Os aplausos (em pé) para Julio César em sua saída de campo, são o exemplo máximo de como pode ser precipitado queimar um jogador por conta de más jornadas, sem a devida análise da qualidade e capacidade do atleta.
Futebol é muito mais do que se vê ali no campo (e já tinha escrito isso quando falei do Arthur em uma coluna mais antiga). Às vezes extrapolamos nossa “função” (e nosso direito) de torcedor, e acabamos sendo muito mais nocivos ao nosso próprio clube do que imaginamos.
Porém, quando nos unimos e elevamos nossas cores acima de todo o resto, somos como a nova (e linda) bandeira que a Império desfraldou neste último domingo, simplesmente, os maiores!!!
Assim, termino como comecei: Se a dialética não funciona na internet, manterei minha retórica. As provas estão aí, pra quem “quiser” ver.
Um abraço!!
Luiz Berehulka
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