
Visão Feminina
Nesses últimas semanas saiu uma matéria na Gazeta do Povo falando sobre as torcidas do Paraná. Mais especificamente sobre o comportamento e a tradição das maiores torcidas do estado. Estampando a matéria, uma foto da torcida Coxa. A maior e mais fiel. A mais tradicional do estado, como bem sabemos. A foto é de cerca de 1940.
E qual foi a surpresa da família e principalmente do meu avô e de minha bisavó ao reconhecer um torcedor, logo na primeira fileira? De terno e gravata e expressão fechada, meu bisavô.
O homem responsável a passar o DNA verde e branco para toda a família. É graças a ele que eu sou coxa-branca de berço. Que meu avô é. Que meu pai e minha tia também são. Ele, o ‘bô’, foi o primeiro da família a sentir a emoção ao rolar a bola, sentir o coração bater mais forte quando o time alviverde entrava em campo.
Me pergunto como ele se sentiria ao ver no que se transformou nossa torcida. Uma das mais lindas, fiéis e vibrantes de todo o país.
(Na foto também dá pra notar as mulheres presente na torcida desde aquela época. O que prova que o Coritiba mexe com o coração das mulheres há décadas. E que elas sempre estiveram presentes na história do clube.)
Imagino quantas pessoas nessa foto não são também bisavôs, avôs, avós, pais, mães de muitos dos torcedores que atualmente enchem o Couto Pereira (aliás.. ah! Que saudades de casa)
Eu não cheguei a conhecer o bô, mas agradeço pelo sangue verde que hoje corre em minhas veias e que um dia correrá nas veias de meus filhos.
Tradição é isso. E é pra poucos.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)