Carlos Maia Junior
Anteriormente analisei os times que tiveram rendimentos bons ou medianos na temporada.
Nessa última parte, vamos ver aqueles times que fizeram mal a tarefa de casa e saem para a corrida lá no pelotão de trás.
Em se tratando de futebol, tudo pode ser revertido. Porém, um mau início ou mau planejamento poderá significar um caminho ao fracasso e sem volta.
Abaixo estão os times que falharam em algum ponto e precisarão tirar um coelho da cartola para salvar o ano:
15) Oeste
Saldo: 4 vitórias, 8 empates, 6 derrotas (37,0% rendimento)
Resultados: Eliminado na 2a fase da Copa do Brasil e eliminado na 1a fase do campeonato regional
Time Base: Matheus Cavichioli, Wallace, Kanu, Maracás e Alysson, Lidio, Betinho, Bruno Lopes (Guilherme), Mazinho e Roberto (Bruno Paraíba), Fabio
Contratações para Série B:
Análise: O Oeste vem de bons campeonatos na série B. O time com origem em Itápoles, mudou-se para Barueri, visando uma melhor estrutura para seus atletas e proximidade com os grandes da capital paulista. Porém, até o momento, o time não convenceu e vem de resultados medianos no paulistão, principalmente contra os grandes clubes.
Palpite: Tende a ficar no meio do caminho.
16) Guarani
Saldo: 4 vitórias, 3 empates, 8 derrotas (33,3% rendimento)
Resultados: Eliminado na 1a fase da Copa do Brasil e eliminado na 1a fase do campeonato regional
Time Base: Giovanni, Bruno Lima, Ferreira, Giaretta e Inácio (Bidu), Ricardinho, Deivid e Arthur Rezende (Rondinelly), Matheusinho, Felipe Amorim e Diego Cardoso
Técnico: Vinícius Eutrópio
Contratações para Série B: Xandão (zag, RB Brasil)
Análise: O Bugre começou muito bem o ano, mantendo a base da boa campanha em 2018. Porém, aos poucos foi mostrando dificuldades no paulistão, devido a definiências no elenco. O Guaraní joga de forma bem avançada, com um ataque rápido e envolvente, principalmente nos jogos em casa, mas tem falhado quando precisa marcar o adversário.
Palpite: Apesar do mau rendimento, tem time para brigar, mas a tendência é que fique no meio do caminho.
17) Vitória
Saldo: 3 vitórias, 10 empates, 6 derrotas (33,3% rendimento)
Resultados: Eliminado na 1a fase da Copa do Brasil e eliminado na 1a fase do campeonato regional e eliminado nas quartas da copa do NE
Time Base: Caíque (João Gabriel); Matheus Rocha, Edcarlos, Victor Ramos e Fabrício (Capa); Léo Gomes, Andrade (Dudu Vieira) e Rodrigo Andrade (Ruy); Andrigo, Caíque e Neto Baiano
Técnico: Cláudio Tencati
Contratações para Série B: Van (ld, Bahia de Feira de Santana) e Gabriel Bispo (vol, Bahia de Feira)
Análise: Cotado como um dos favoritos no início do ano, o Vitória mostrou justamento o oposto. Com crise entre jogadores e na política, problemas financeiros e uma torcida insatisfeita. Além disso, fracasso em todas as competições. Esse turbilhão de fatos ruins levou o rubro negro baiano a uma grande crise institucional, levando ao afastamento de jogadores, troca de técnico e mudança de direção. A esperança foi a entrada do técnico Cláudio Tencati e a volta do dirigente Paulo Coelho, antigo cartola e eleito para comandar. Sua experiência pode reverter esse quadro negativo.
Palpite: Se não reforçar o elenco, brigará em baixo da tabela.
18) Botafogo - SP
Saldo: 4 vitórias, 4 empates, 7 derrotas (31,0% rendimento)
Resultados: Eliminado na 1a fase do campeonato regional
Time Base: Darley, Ríos, Leandro Amaro, Naylhor e Pará, Marlon Freitas, Machado, Bruno José (Felipe), Nadson e Erick, Rafael Costa.
Técnico: Roberto Cavalo
Contratações para Série B: Leandro Amaro (zag)
Análise: O Botafogo de Ribeirão Preto fez uma campanha pífia no paulistão, salvando-se do rebaixamento na última rodada. Isso fez a diretoria repensar sobre o elenco, afastando 4 jogadores e saindo ao mercado para reforçar o elenco. O início com a boa vitória pode dar um novo fôlego ao Pantera.
Palpite: Briga para não cair.
19) Brasil de Pelotas
Saldo: 2 vitórias, 6 empates, 5 derrotas (30,8% rendimento)
Resultados: Eliminado na 2a fase da Copa do Brasil e eliminado na 1a fase do campeonato regional
Time Base: Carlos Eduardo, Ricardo Luz, Bruno Aguiar, Leandro Camilo e Pará, Leandro Leite, Washington (Carlos Jatobá), Branquinho e Murilo Rangel, Juba e Bruno Paulo (Douglas Baggio)
Técnico: Rogério Zimmermann
Contratações para Série B: Ednei (zag), Carlos Jatobá (meia), Murilo Rangel (meia), Marcinho (meia) e Juba (ata)
Análise: Após um 2018 difícil para o Xavante, no qual salvou-se do rebaixamento no fim, esse ano promete não ser muito diferente. Com uma péssima campanha no Gaúcho, onde lutou para não cair, entra na série B para tentar salvar-se da degola.
Palpite: Briga para não cair.
20) São Bento
Saldo: 1 vitórias, 4 empates, 7 derrotas (19,4% rendimento)
Resultados: Eliminado na 1a fase do campeonato regional e rebaixado
Time Base: Henal, Fróis (Bruno Moura), Elton, Luizão e Mansur, Fábio Bahia, Paulinho e Doriva, Régis, Paulo Henrique (Raphael Martinho) e Zé Roberto (Alecsandro)
Técnico: Doriva
Contratações para Série B: Raphael Martinho (meia, Ascoli), Zé Roberto (ata, Mirassol) e Bruno Moura (ld, Boavista)
Análise: Após um surpreendente desempenho na série B de 2018, o São Bento vinha com a promessa de montar um elenco para brigar ainda mais pelo acesso esse ano. porém, nada se confirmou e o time viu um terrível fracasso no paulistão, que culminou com o rebaixamento e afastamento de jogadores. E para piorar, o time estreiou em casa sendo derrotado facilmente e com uma péssima atuação.
Palpite: Briga para não cair.
Essa comparação com o início da corrida do ouro foi trazida para lembrar de um período da história onde os mineiros deixavam suas famílias e se preparavam para uma longa trajetória em busca do ouro incerto em que os mais fortes e preparados tinham maiores chances de encontrar as riquezas. Na série B, os grupos que tiverem esse espírito de vencedor dos 49ers, têm mais chances de sucesso.
E é uma batalha longa de 38 rodadas, onde cada rodada significa uma decisão.
Para querer lograr o sucesso final dessa corrida, tem-se que ter em mente que deve estar caminhando sempre à frente dos concorrentes.
O time que quiser vencer deve estar sempre olhando para os adversários de olhos abertos, e de preferência pelo retrovisor. Se algo for detectado que possa fazer com que não alcancem o preço final, deve-se demandar atitudes corretivas imediatas, para evitar a queda durante a "corrida" e o fracasso ou morte ao final da mesma.
E onde está o Coxa nessa briga?
A corrida começou lá em 2018, com o planejamento do grupo dentro de um orçamento reduzido, com escolha de comissão técnica e estilo de jogo. E como foi levantado, saímos atrás, por erros nas escolhas e falta de competência dos que dirigem o clube. Ao invés de montar um clube pensando no coletivo, insistiram nos mesmos erros e pensaram muito em contratações pontuais, contando com alguns nomes sem a capacidade para vestir a camisa com o peso da nossa ou sem competência para comandar esse clube.
Após as competições iniciais, vimos que o Coritiba ainda possui muitas falhas na meia cancha, com jogadores fracos e sem experiência, e deficiências na criação e conclusão. Mas por enquanto a diretoria trouxe jogadores para a defesa e ataque.
Pela análise, vejo que nessa corrida, Bragantino, Sport e Atlético - GO saem na frente, com Ponte e America logo na cola. Hoje o Coritiba está um pouco atrás desses citados, no bolo dos times que se atrasaram para aprontar-se para a corrida.
Mas nada ainda está perdido. Temos um ataque com bons jogadores como Rodrigão e Igor Jesus. Meias experientes e habilidosos como João Vitor e Giovanni e bons goleiros como Wilson e Muralha. Acredito que com mais 3 ou 4 bons valores, sendo um zagueiro rápido e um ou dois meias de criatividade, poderemos montar um elenco que brigue pelo acesso. Umberto Louzer vem lutando para dar um melhor padrã ao time com transição entre os setores, mas ainda peca por insistir com jogadores que falham muito.
E essa vitória contra a Ponte com Couto Pereira cheio, dá moral para largar bem e trazer o torcedor de volta.
Com a torcida junto e com nossos "mineiros" sempre com essa alma guerreira de Dirceu Krüger, poderemos chegar nos objetivos.
Sempre cobrando acertos para que no fim da corrida sejamos os agraciados com o ouro do acesso.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)