Pós -Jogo
Ao final da partida contra o São Paulo, na rodada anterior, já se prenunciava um domingo, 3 de dezembro, como poucos. Daqueles para nunca mais ser esquecido. Com níveis de dificuldade máxima. Sofrimento até o último minuto. E assim foi. Pra selar a incompetência, mais uma vez, com final melancólico, não fosse o desleixo de um grupo de atletas, no último minuto da partida.
Demos muito mole, permitimos alguns fatos, e assim foi durante o ano todo. Deixamos principalmente a incompetência nos rondar e quem tinha que fazer algo, nada fez, porque foi a incompetência na forma de administração.
Por falta de humildade de admitir que não sabia fazer , não sabendo pedir socorro, Bacellar só prolongou nossa amargura. Rogério Bacellar e seu grupo, teimaram no caminho contrário, abriram e escancararam as portas da má gestão que somada a muitas pitadas de vários problemas, fizeram um estrago em nossa casa. Que só não se instalou antes porque parecia querer nos judiar até o fim.
Até a sorte deu sinais de ajuda, mas não souberam entender. Preferiram o discurso político, dizendo que a casa estava em ordem. Sem piedade, a incompetência mais uma vez decidiu se alojar e se encostou ficando entre nós corroendo o pouco que ainda restava de um clube de futebol. Fica a primeira lição: azar é uma coisa, incompetência, má gestão são outra bem diferentes. E no futebol, as duas juntas, dão nisso.
Acreditamos e desacreditamos o ano todo. Nos confundimos algumas vezes entre uma coisa e outra. Quase sempre acreditando, muitas vezes por teimosia, mesmo quando tudo dizia o contrário. Nos deixamos levar pela fé que não se explica. Preferimos acreditar no que por algum tempo chamamos de milagre. Mesmo que o bom senso tenha nos dito durante o ano todo que seria prudente se preparar para o pior. Mas o coração do torcedor teimoso, dizia que a mística da camisa era o que nos restava e nos salvaria, mais uma vez, não salvou, não deu.
Chapecoense e Coritiba foi mais uma daquelas partidas para ficar entre aquelas inesquecíveis. O ano de 2017 foi um ano para jamais ser esquecido. Para ter aprendido e não mais errar assim, tão grosseiramente. Um ano que precisa ficar bem vivo em nossas lembranças e sabemos nós muito bem porque. Alguns nomes precisam ficar gravados em nossa lembrança, para também esquecer do mal que nos fizeram. Sabemos exatamente quem são.
O ano de 2017 precisa ficar marcado em nossas vidas como o último de uma série de outros anos que nunca foram bem-vindos. Um ano que precisa ficar como lição e aprendizado a quem se mete a comandar o Coritiba. É preciso ter saco roxo para fazer isso. Não pode ser com qualquer um.
Que fique a lição e daqui a uma semana, quando nos encontrarmos com as urnas, tudo isso seja levado em conta. Não para que a lição dos problemas recorrentes dos últimos seis anos, sejam evitados, mas que pensem grande, além, adiante... que finalmente recuperem a marca Coritiba Foot Ball Club. Que o nosso Coritiba seja finalmente pensado para o futuro por quem de fato o quer como grande, como sempre foi e ainda pode ser.
Falar aqui sobre Coritiba e Chapecoense, como foi a partida, nos parece desnecessário. Todos vimos e sabemos muito bem como foi.
Hoje, o espaço do pós- jogo, precisa ficar como reflexão, como uma parada obrigatória para repensar o Coritiba.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)