Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Sobre a importância dessa vitória fora de casa, e se está conseguindo dar consistência à equipe na busca do resultado. “A palavra é consistência, isso que demonstramos hoje desde o início, tínhamos uma proposta de jogo, fazendo marcação em linha alta e as nossas transições ofensivas foram muito velozes, aproveitando uma certa dificuldade na transição defensiva deles. Tivemos várias chances no primeiro tempo, mas não fizemos o gol, que aliás, fizemos um primeiro tempo excepcional, amassamos o Sport. Quero parabenizar os jogadores, todos nós somos coadjuvantes, mas eles são os responsáveis por essa vitória, e claro, agradecemos a todo o staff e principalmente a SAF que mantém os salários em dia dando tranquilidade para o trabalho. Conseguimos vencer os dois jogos seguidos e fora de casa, mas falei para eles no vestiário, agora precisamos ter simplicidade e humildade pois a série B é extremamente difícil. Mais uma vez quero agradecer a presença dos nossos torcedores aqui em Recife, não é fácil vir aqui, por uns momentos só conseguíamos escutá-los no estádio, foi muito bom. Foi uma vitória maiúscula, agora precisamos do apoio dos torcedores no Couto, diante do Avaí, que será um jogo muito difícil. Hoje os jogadores deram tudo em campo, cobrei o Frizzo, disse que não queria que ele voltasse andando e ele fez isso e contribuiu para uma linha de quatro atrás e uma linha de cinco na frente, portanto, nossa equipe foi muito dedicada taticamente e o Sport teve apenas uma chance de gol já no final, num erro nosso de saída de bola, mas nosso querido Geladinho estava lá”.
O seu discurso desde a derrota para o Botafogo (SP) na estreia foi de que o Coritiba vai subir, agora com essas duas vitórias alguns passos foram dados e talvez não ficou tão impossível assim. “Gosto muito de ter algumas coisas impossíveis na minha vida, foi assim que cheguei aonde cheguei. Como treinador ainda estou em busca de conquistas importantes, tive conquistas no carioca, três acessos, dois com o Vasco e um aqui no Coritiba, mas também tive títulos fora, principalmente no Japão com duas copas. Continuo afirmando que vamos subir, não vai ser fácil, temos que unir forças, mas com trabalho, com honestidade, com coragem, que eu acho que esse grupo tem de sobra e eles demonstraram no jogo de hoje, a gente vai chegar o nosso objetivo”.
Sobre essa nova formação com três homens no meio e a entrada do Vini hoje. E o Robson fazendo a função de um centroavante? “Quero deixar claro que, para mim o Robson quando é colocado na função de um nove ele é literalmente um nove, apesar de sair um pouco da área, que normalmente aquele jogador de ofício não faz, caso do Brumado, Brandão e o Eberth e o próprio Eric que sai mais um pouquinho. Quanto à formação de hoje, ela nos dá uma tranquilidade e organização defensiva muito grande. Conheço muito bem o Zé, não é só um jogador defensivo, tem um passe muito bom e enxerga muito bem os nossos meias. O Ronier passa a ser um meia quando joga por dentro liberando o corredor para o Natanael. Quero ressaltar o Bruno Melo que organizou defensivamente a equipe, paramos de sofrer na bola aérea. O Gelado que salvou aquela bola, que foi um gol para nós.”
Sobre a pressão do Sport no final do jogo e o clima que deverá ter o Couto contra o Avaí. “Contamos muito com nossos torcedores, eles são muito importantes, a temperatura do jogo passa pela arquibancada. Temos uma equipe muito qualificada tecnicamente, apesar de ter jogadores de transição rápida, casos do Ronier, do Vini, o Robson, o próprio Natanael, e essa qualidade técnica nos faz manter a posse de bola no campo do adversário. Fico sempre gritando no lado campo que mantenham a posse, hoje quando o Brumado entrou fez isso, manteve a posse, recuava a bola e fazia a mudança de corredor da esquerda para a direita”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)