Análise de quem entende
Dia dos Pais, eu em casa com todos os meus Coxas-Brancas festejando. A galinhada mineira típica para o almoço no fogão a lenha, cozinhando devagar. Tudo certo para o almoço, só faltou o Coritiba melhorar nosso humor. A galinhada saiu conforme o planejado, mas o galo que o Verdão enfrentou era duro e não deu nada certo para aqueles que foram ao Couto acompanhar os pais, ou para os pais que foram acompanhar os filhos.
O que se viu em campo foi de estragar o café da manhã, o almoço, o café da tarde e o jantar do Dia dos Pais. Me arrisco a dizer que esta semana vai ser difícil de engolir. O que se viu foi, mais uma vez, um time que não sabe de nada, não sabe o que fazer com a bola, não sabe qual posição cada um deve exercer em campo, não sabe a tristeza que deixou estampada no rosto não somente dos pais, mas de toda a nação Alviverde. Falar mais é chover no molhado. Só nos resta fazer o que fazemos durante todo esse tempo que o Coritiba nos traz tristezas, só nos resta apoiar como sempre, apesar de em cada um de nós vir aquele sentimento de “deja vu”, aquele sentimento de “esse filme já vi e não gostei do final!” Lá vamos nós pra mais um recomeço. Até quando? As notas, meus amigos e amigas? Vamos a elas:
Muralha – 7,5 – Salvou o time de uma derrota mais vexatória ainda. Ontem assustou até o Hulk. Não vem comprometendo. Não teve culpa no gol dos caras.
Matheus Alexandre – 3,0 – Fico com vergonha até de dar uma nota menor, se bem que seria merecido. Não fez absolutamente nada, levou um sufoco com o ponta do galo.
Natanael – 4,5 – Visivelmente sem ritmo de jogo. Deu mais segurança pela direita, marcando melhor; mas foi driblado tranquilamente no lance do gol.
Guillermo – 5,0 – Não comprometeu, boa marcação. Serve como coringa na defesa; machuca-se um ele entra.
Luciano Castán – 5,0 – Também não foi mal. Agora, ficar dando chutão pra frente para sofrer a pressão novamente não me parece a melhor coisa a se fazer quando ele tem a bola.
Egídio – 3,5 – Tá devendo e muito. Ontem deu um ótimo passe para gol, só que para o lado errado. Quase entregou a rapadura.
Wilian Farias – 4,0 – Tem crédito, mas ontem não esteve bem. Falhou, inclusive, no lance do gol; deu o bote errado, o que originou o lance pela direita que acabou na derrota no último segundo.
Bruno Gomes – 4,5 – Aquela expressão “meia-boca” cabe bem ao futebol dele ontem. Criou expectativa na torcida, difícil é mantê-la no alto.
Boschilia – 5,0 – Entrou na fogueira, vestiu a camisa, deu uma dinâmica diferente ao meio e, adivinhem: sem ritmo de jogo se contundiu. Será que vai para a “Caverna do Dragão” que nem disse um dos caras na live de ontem?
Régis – 3,0 – Não é jogador de Série A. A tal da captação deveria ter visto antes de trazer. E exatamente por ter trazido para o Coritiba é que ele joga no Coritiba.
Fabrício Daniel – 4,0 – Corre pra todo lado, menos para o lado que é mais importante, o lado do gol adversário. Só correria e mais nada.
Adrían Martínez – 4,0 – Entrou e pouco fez. É um daqueles que ainda podem mostrar alguma coisa.
José Hugo – 5,0 – Sumido no primeiro tempo, apareceu mais no segundo. Perdeu até gol, de cabeça no meio da pequena área. Será que reside nele a esperança de substituição de Igor Paixão? A ver.
Guilherme Biro – 3,0 – Poderia dizer a mesma coisa que disse sobe o Régis. E vou. Só que ele não foi captado. Já estava aqui. O que piora ainda mais as coisas.
Leo Gamalho – 4,5 – Coitado dele. A bola não chega na frente, ele volta pra buscar, não consegue fazer as vezes de um armador; por isso mesmo não faz nem a sua função que é de levar perigo ao adversário e marcar os gols que precisamos.
Trindade – 3,0 – Acho que nem tocou na bola. Se tocou o narrador deve ter errado o nome dele.
Gustavo Morinígo – Fica aqui a última menção ao nome do Patrón. Assumiu um time rebaixado, caiu, passou vergonha no Paranaense do ano passado, fez o que prometeu: levar o time de volta para a Série A. Começou 2022 ganhando Paranaense e avançando na Copa do Brasil. Mas parece ter se perdido no Brasileirão. E o futebol brasileiro não perdoa. A torcida, que muitas vezes gritou o seu nome, não perdoa. Boa sorte, Morínigo; obrigado pelas alegrias que nos deu, mas assim é a vida, assim deve ser o tal “planejamento”; não está dando certo, encerra-se.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)