Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Como viu o resultado de empate, após três vitórias seguidas? “Enfrentamos um time que marcou baixo e em consequência diminui os espaços, e as combinações com o Josué. A ideia inicial era fazer uma saída de três e ter Ronnier e Josué por dentro, deixando largura de campo para o Alex. Tivemos finalizações de média distância, tivemos o controle e a ideia também era de neutralizar o contra-ataque do Botafogo, principalmente com o Alexandre Jesus, e conseguimos fazer bem. Poderíamos ter criado um pouco mais, apesar de que o goleiro deles foi um dos destaques do jogo. Com as trocas no segundo tempo continuamos tendo o controle, tivemos duas situações com Ronnier e Coutinho, mas eu sabia que seria um jogo duro aqui. Em 12 pontos disputados nas últimas partidas conquistamos 10, e temos que continuar nossa trajetória. As estreias do Jaci e do Yuri foram positivas, o Ronnier voltou a jogar em bom nível, tivemos mais um jogo sem sofrer gols, temos coisas positivas tiradas desse jogo, sem contar o ponto conquistado”.
Qual o sentimento pelo resultado, de que perdeu dois pontos ou que conquistou um ponto? “O objetivo nosso é sempre vencer. As equipes do Alan são sempre muito organizadas defensivamente e competem muito, por isso iniciei com o Giovani, para ter imposição física para duelar com os três jogadores de força física do meio do Botafogo. Sabia que seria um jogo de poucas oportunidades, e era importante finalizar bem, mas o goleiro deles estava numa boa noite. Eles tentaram contra-atacar com dois, três ou quatro jogadores, e nossa ideia foi manter cinco jogadores na última linha do adversário e conseguimos isso. Poderíamos ter criado mais chances, o sentimento é de que poderíamos ter vencido, mas valorizamos o ponto conquistado”.
Sobre o equilíbrio desta série B, visto que o Coritiba tem 20 pontos ganhos e o Avaí que está em 9º lugar tem 16, acha que será assim até o final? “Provavelmente sim, e historicamente seis ou sete equipes despontam para brigar pelo acesso, é normal que essa distância não seja muito grande nessa altura do campeonato, não é simples vencer num campeonato muito equilibrado como está sendo. Acredito que estamos num momento de crescimento e evolução com jogadores chegando, com duas estreias hoje, poderíamos ainda ter feito a estreia do Claysson, mas o jogo se desenhou para outras trocas. Agora temos uma semana para treinar estes jogadores e nos prepararmos para o jogo com o Atlético (GO)”.
Por que a saída do Josué, que vinha sendo o melhor jogador da equipe? “Foi uma questão tática, eu queria colocar sangue novo já que o Carlos vinha de um jogo com o Avaí onde foi decisivo”.
Em relação à entrada do Giovani para o lugar do Sebá, o que pensou taticamente, uma vez que ele é um primeiro volante, como o Felipe Machado? E sobre os novos jogadores, como pretende utilizá-los no time? “O Jaci pode jogar de zagueiro e de volante, ele veio porque pode fazer estas duas funções. O Yuri e o Claysson são pontas que tem o enfrentamento, e embora o jogo seja coletivo, esses jogadores podem fazer jogadas individuais, principalmente contra adversários que jogam com linhas baixas, tanto é que quase fizemos o gol na individualidade do Ronnier. O Everaldo também tem essa capacidade. Quero ressaltar a entrada do Walison, que talvez seja o que mais se aproxima das características do Sebá, que consegue infiltrar e dar volume ofensivo e defensivo e o Wallison se aproxima disso. Porém, optei pelo Giovani para deixar o corredor para o Alex e trazer o Ronnier por dentro, neutralizando o contra-ataque do Botafogo, dando mais liberdade para o Josué e o Ronnier. Com as trocas, minha ideia era deixar o time um pouco mais leve trazendo o Vini. O Jaci no lugar do Machado foi para aumentar a estatura. Acredito que fizemos um jogo seguro e sabia que não seria um jogo fácil, as equipes do Alan concedem muito pouco e aí você tem que tentar ser assertivo nas chances que tiver. Óbvio que queríamos vencer, mas temos que valorizar esse ponto”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)