O jogo em detalhes
Por: João Victor
Coritiba 0 vs 1 Atletico-MG
Estatísticas da equipe do Coritiba na partida:
Posse de bola: 46,45%
Passes: 300 (270 certos)
Precisão no passe: 90%
Viradas de jogo: 4
Lançamentos: 43 (10 certos)
Finalizações: 6 (2 certas)
Escanteios: 1
Faltas cometidas: 7
Faltas sofridas: 20
Desarmes: 13
Interceptações de passe: 6
Qual foi o sistema tático utilizado pelo Coritiba na partida?
O Coritiba entrou em campo utilizando o sistema 4-2-3-1, dessa vez usou dois volantes e o meio Gabriel Boschilia mais adiantado, a ideia era a mesma que vinha sendo utilizada no decorrer da competição, dar liberdade para os pontas José Hugo e Fabrício Daniel flutuarem por dentro, jogando mais próximos do centroavante, enquanto os laterais Egídio e Matheus Alexandre deveriam dar a chamada “amplitude” (que é a ocupação dos espaços laterais do campo, ou seja, eles deveriam jogar bem abertos), já o meia Boschilia deveria ocupar o chamada zona entrelinhas, espaço onde o meia ficaria entre a linha do meio campo e da defesa, nas costas dos volantes e de frente para a zaga adversária. Defensivamente a equipe propôs o sistema 4-4-2, com os pontas tendo a função de recompor pelo lado enquanto Léo Gamalho e Boschilia formavam a primeira linha de marcação, ajudando a dificultar a saída de bola do Galo.
Análise da partida:
A partida foi marcada por um primeiro tempo muito estudado, o que acabou gerando um jogo muito físico, com pouco tempo de bola rolando, isso explica o fato do Verdão ter finalizado a gol apenas uma vez, em uma chance mal aproveitada por Zé Hugo.
Mais uma vez mostrando lentidão na transição ofensiva, o Coritiba não conseguiu aproveitar os espaços que o Galo deixava quando perdia a bola no campo de ataque, faltaram alternativas de velocidade e criatividade para a equipe, que não conseguia ficar muito tempo com a posse da bola, quando a tinha era no campo de defesa, em tentativas frustradas de atrair a marcação do Galo para encontrar espaço nas costas, acabou abusando de chutões e lançamentos mal feitos. Já defensivamente a equipe se portou bem, as duas linhas de 4 estavam muito próximas e compactas, dificultando a movimentação entre elas dos atletas do time mineiro, forçando-os a tentar jogadas pelos lados de campo, onde também sem espaço para progredir acabaram se utilizando muito de cruzamentos na área. O Atlético Mineiro finalizou 6 vezes no primeiro tempo, mas nenhuma delas foi em direção ao gol.
Já na segunda etapa o cenário não se repetiu, o Coritiba continuou a mesma equipe lenta e sem criatividade do primeiro tempo, mesmo com a entrada de Natanael pelo lado direito para tentar deixar a equipe mais leve e rápida pelos lados do campo. Mas defensivamente o verdão não conseguiu manter o padrão do primeiro tempo, muito devido ao desgaste dos volantes da equipe, que já não conseguiam fechar as linhas de passe e marcar com a agressividade vista no primeiro tempo, por isso Nacho Fernandez, Pedrinho e Zaracho tiveram muito espaço e liberdade para criar situações de perigo por dentro na zona entrelinhas. O principal erro foi a entrada de Guilherme Biro, lateral de origem para atuar como ponta pelo lado esquerdo, isso praticamente anulou as obrigações defensivas do lateral atleticano Guilherme Arana, que passou a atacar muito o espaço lateral para fazer associações com o veloz ponta direito Ademir, sufocando o Coritiba no campo de defesa e obrigando o goleiro Alex Muralha a salvar a equipe com grandes defesas.
O banho de água fria veio tarde, aos 48 do segundo tempo, quando Nacho Fernandez recebe livre na zona entrelinhas, ataca o “meio-espaço” (espaço entre o zagueiro e o lateral) e cruza para Alan Kardec cabecear livre na segunda trave e decretar a derrota alviverde.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)