O jogo em detalhes
Por: João Victor
Confira o Raio X Tático da partida entre Coritiba e Santos, que o COXAnautas:
Coritiba 1 vs 2 Santos
Estatísticas da equipe do Coritiba na partida:
Posse de bola: 48.31%
Passes: 380 (342 certos)
Precisão no passe: 91.6%
Viradas de jogo: 0
Lançamentos: 48 (20 certos)
Finalizações: 14 (2 certas)
Escanteios: 6
Faltas cometidas: 23
Faltas sofridas: 10
Desarmes: 18
Interceptações de passe: 5
Qual foi o sistema tático utilizado pelo Coritiba na partida?
O Coritiba entrou em campo utilizando o sistema 4-3-3, com três volantes formando o meio campo. A ideia da equipe alviverde era povoar a meia-cancha com três jogadores de mais intensidade e poder de marcação, para criar vantagem numérica e física no setor, tentando construir por dentro, e, atraindo a marcação da defesa santista para armar jogadas pelo lado de campo, onde nossos laterais deveriam dar opções, já que os pontas atuaram tendo mais liberdade para se movimentar por dentro. Os três volantes deveriam facilitar a transição defensiva do Coritiba, ajudando a pressionar logo que a equipe perdesse a bola, para evitar contra-ataques e até gerar situações de perigo no ataque roubando a bola próximo ao gol adversário. Defensivamente a equipe se se posicionou no 4-4-2, na segunda linha Bruno Gomes se posicionava pelo lado direito, ajudando a tirar o espaço do lateral esquerdo santista Felipe Jonathan que costuma subir muito ao ataque.
Análise da partida:
Na primeira etapa o Coritiba teve muita dificuldade para chegar ao campo de ataque e até para manter a posse de bola, inclusive quando a tinha, era de maneira estéril, com poucos passes verticais tornando a equipe previsível e improdutiva. A ideia de povoar o meio campo até chegou a funcionar, mas o problema é que não conseguíamos inverter o jogo para os lados de campo após atrair a marcação para o meio, porque não haviam opções pelo lado, os dois laterais utilizados tem características muito defensivas e tem dificuldades para avançar ao ataque, dar amplitude e cruzar na área. O resultado disso foi apenas uma finalização a gol na primeira etapa, vinda de bola parada. Ao menos a equipe conseguiu fechar bem os espaços pelo meio campo defensivamente, o sistema com 3 volante funcionou para evitar os contra ataques santistas e postar o time melhor na fase de organização defensiva. No intervalo, o treinador Gustavo Morínigo abriu mão dos três volantes, sacando Jesus Trindade, que vinha produzindo bem ofensivamente com lançamentos e vinha sendo o homem da bola parada da equipe para colocar o meia-atacante Thony Anderson, assim o Coritiba atacava em 4-2-3-1, ofensivamente a equipe melhorou e conseguiu manter mais a posse, mas ainda era um time desorganizado, com falta de movimentação no ataque e pressão na saída de bola santista. Os problemas pelas laterais se seguiram até o fim da partida, e chegaram a piorar com a dobra de laterais esquerdos promovida por Gustavo Morínigo, o lateral Nathan Mendes entrou para fazer a função de ponta esquerda e pouquíssimo produziu, gerando até perdas de posse que culminaram em contra-ataques pro adversário. A derrota do Coritiba em casa se explica pelos problemas pelo lado do campo, as escolhas questionáveis de peças na posição para a partida culminaram em um time nulo pelos lados, além de falhas no sistema de defesa por zona em bolas parada e falhas técnicas individuais nos gols sofridos.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)