Pós -jogo
O 1x1, resultado da partida entre Coritiba e Parnahyba, é um daqueles momentos do futebol que não dá ideia do que foram os 90 minutos. Aliás, 97 minutos, que acabaram salvando o Coritiba de um vexame ainda pior. Sete minutos a mais que poucos árbitros dão, acabaram salvando o Coritiba.
Aos que achavam que seria um jogo sem sustos, erraram. Os que temiam, não podiam imaginar um time ainda pior do que vem se apresentando até aqui, nestas quatro primeiras rodadas do Campeonato Estadual.
Foi mais uma daquelas apresentações que precisam fazer o comando do clube repensar os caminhos que estão sendo tomados. A evolução pregada por alguns, mesmo depois da derrota para o Atlético, sofreu nesta noite em Teresina uma enorme recaída. Mais uma vez Sandro Forner repete no vestiário, depois de mais uma péssima apresentação, que o “time precisa melhorar muito”. Isso sabemos, como também sabemos que não vai melhorar muito. Não da forma como as coisas se apresentam.
Num jogo muito fraco tecnicamente, as duas equipes quase nada fizeram na primeira etapa. Nos primeiros 5 minutos, o Parnahyba até deu a impressão que incomodaria, mas não. Foi só uma pequena pressão, muito mais próxima do que é possível chamar de “abafa”.
O Coritiba se fecha e consegue impedir as tentativas de criação do time do Piaui. Mas também pouco fez para merecer um placar melhor. Dois chutes a gol mostram a pobreza do futebol que jogaram os dois times.
Aos 17 minutos Kleber tenta de longe, mas o chute não leva nenhum perigo ao gol do Parnahyba. O segundo com mais cara de perigo, foi aos 27 minutos com Iago Dias tentando de fora da área. No rebote Vitor Carvalho chuta em cima do zagueiro, que tira quase caído, debaixo do gol.
Na segunda etapa, logo no início, o primeiro grande susto. Aos 3 minutos no vacilo da zaga, especialmente na marcação de Willian Matheus, o Parnahyba chega ao gol que colocaria desespero na torcida Coxa. Idelvando entra pela esquerda sem nenhuma marcação e meio desajeitado chuta ao gol e acaba fazendo o passe a Fabinho que só empurra pro gol, com a bola passando devagar, do lado esquerdo do goleiro Wilson.
Antes da expulsão de Marcos Gasolina, que já havia tomado o amarelo, Sandro Forner colocava Kady no lugar de Parede. A vantagem numérica não deu a superioridade que poderia se supor, e que sempre acontece quando ficam 11 contra 10. Com todos os clubes é sempre muito flagrante, mas com o Coritiba não foi. Nem com as entradas de Simião no lugar de Benitez e de Alecsandro no lugar de Vitor Carvalho, deixaram o time melhor. Pelo contrário. Se perdeu e prevaleceu a individualidade, cada um tentando a sua maneira. A melhor oportunidade foi com Rusch num belo chute da entrada da área, que passou perto do gol. Ainda com Iago e em outras oportunidades, mas que encontraram a firme atuação do goleiro Cesar.
O Parnahyba abusou da cera o que acabou levando o jogo até os 52 minutos. E foi no último minuto, depois da cobrança de escanteio, que Wilson sobe pra cabecear junto com W. Matheus. A bola acabou entrando e dando a classificação ao Coritiba.
Mais que passar à próxima fase, a grande lição que fica é que o rumo das coisas precisa ser revisto por todos no Coritiba. Na próxima fase o Coxa pega o Uberlândia, que se classificou eliminando o Ituano.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)