EDITORIAL
O empate contra o Náutico dificultou ainda mais o caminho do Coritiba rumo à Série A em 2007 - a trave e o árbitro não podem ser tidos como responsáveis pelo fracasso em campo durante um ano inteiro. O fracasso é responsabilidade do time, da comissão técnica, do comando do futebol e dos dirigentes.
É justo dizer que contra o Náutico, quase todo o time correu, mostrou vontade. Mas não foi o suficiente, faltou qualidade para concluir certo, faltou qualidade para defender como se deve.
Deixar o mau resultado no passado e pensar no jogo contra o América é recomendável. Falta de aviso não foi, mas como o Coritiba ainda tem, matematicamente, chances de subir, novamente é necessário encarar o jogo em Natal como decisivo. Ganhando, o Cori continua respirando os ares da Série A.
Será um jogo difícil. Não se deve esperar muito além de que a raça do time seja um diferencial em favor do Coritiba, que chegou na fase final vítima dos seus próprios erros, que inacreditavelmente não foram sanados. O Coritiba não aprendeu com seus erros do passado. Nem mesmo com a queda na temporada passada.
As cartas estão na mesa, mas ainda existe um ás na manga. A cartada final será no sábado, longe da torcida que tanto apoiou o time, mesmo quando este não mereceu apoio. Já que o apoio não foi devidamente reconhecido, quem sabe agora, jogando contra 22 mil torcedores do América, os jogadores do Coritiba resolvam parte do problema criado por eles, sob os olhares complacentes do treinador e da diretoria?
Até sábado, o Cori ainda está vivo, mesmo que respirando com dificuldades. Não se pode iludir a torcida. A matemática permite sonhar, mas os sonhos já começam a ganhar ares de pesadelos.
"A esperança não está mais - se é que esteve algum dia - no talento ou nas virtudes dos jogadores ou no comando técnico, mas só na disposição e raça desse time".
Equipe COXAnautas
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)