EDITORIAL
Dia 18 de novembro de 2006. Este é o primeiro dia do resto da vida do Coritiba. São 97 anos de altos e baixos, de alguns competentes e muitos incompetentes. Clube que decide seu futuro como se estivesse numa mesa de bar, parecendo um grupo de jogadores de bocha aos domingos, só poderia estar na situação que está hoje.
Está na hora do rumo da história mudar. O nosso futuro começa hoje. Ou acertamos o rumo ou vamos acabar.
O fracasso anunciado da gestão de Giovani Gionédis à frente do futebol Coxa-Branca não pode passar em branco, como sempre aconteceu com outros fracassos da história coritibana. Verdade que nos 97 anos de Clube, em 95 deles o futebol foi prioridade. Nos dois últimos, a estratégia do Presidente Giovani Gionédis foi única e exclusivamente financista. Daí, a queda no futebol, razão de ser do Coritiba.
Como financista, Gionédis pecou quase tanto como no futebol, onde ele afundou o Cori, apoiado pelos seus pares de diretoria. Saímos de uma dívida de 50 milhões (*) e uma receita anual de 11 (a principal receita do Clube, a do televisionamento), para uma dívida de 27 milhões. Até aí, tudo bem, se não fosse pelo fato de a receita cair dos 11 milhões para pouco mais de 2,750 milhões. O desequilíbrio financeiro voltou e voltou com a força de um Tsunami.
Além de afundar o Coxa na Série B, o Presidente Gionédis e sua diretoria conseguiram piorar o panorama financeiro do Verdão. Um panorama nada consagrador para quem usava como argumento principal do foco da sua gestão o equilíbrio financeiro do Clube. Além de não termos futebol, não temos dinheiro. Simples assim.
A permanência do Cori na Série B é injustificável e imperdoável. O Coritiba é muito importante para muita gente. Se o Estatuto arcaico do Clube não prevê nenhum ônus aos dirigentes do Cori que levam o Clube à contra-mão da sua razão de ser, o futebol, como diz o nome do Alviverde, nada mais justo que se mude o Estatuto e que eles sejam responsabilizados, deixando seus cargos.
Enquanto isso, Gionédis e sua diretoria deveriam deixar o Couto Pereira pela porta da frente, mas já neste domingo, 19, colocando os cargos à disposição. As promessas não foram cumpridas, a torcida esperou durante quase um ano e os resultados não vieram. Paciência, tiveram sua chance, não tiveram competência e por isso não merecem continuar onde estão.
Além da saída imediata de toda a Diretoria Administrativa do Clube, as demissões de Capitão Hidalgo, Bonamigo e uma série de jogadores, a começar por Paulo Miranda, Índio, Kleber, Cristian, Egídio, Jackson, Luis Paulo, Edu Sales, Eanes, Ricardinho, Hugo, André Nunes e Caio são necessárias.
Passado isto à limpo, é hora de começar uma nova história, buscando a verdade no caso da "assinatura" falsificada ou não do ex-Presidente Evangelino. Os sócios e torcedores do Clube têm o direito de saber a verdade e o dever de pedir pelas providências cabíveis. Chega de panos quentes no Verdão! Chegou a hora da verdade, doa a quem doer. Não podemos mais ficar aguardando na estação, enquanto a locomotiva chamada futuro passa por nós torcedores.
Equipe COXAnautas
(*) Os valores citados na matéria são estimados
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)