EDITORIAL
Após as seguidas boas apresentações na reta final do Campeonato Paranaense, o time Alviverde obteve um excelente resultado na primeira partida das finais, jogando no Couto Pereira.
Isso não significa que o caminho até o título seja ou se apresente menos tortuoso. As dificuldades de enfrentar o maior rival são inerentes aos grandes clássicos.
Jamais, em sã consciência, poderá se afirmar que um jogo desta estirpe seja "fácil". Respeito a todo e qualquer adversário é a arma do grande vencedor.
Humildade, concentração, foco, trabalho e obstinação são ingredientes que sempre estão presentes nos resultados coroados de sucesso. Os grandes feitos que a coletividade Coxa-branca possui foram conquistados através desta receita e dessa vez não pode ser diferente.
O Torneio do Povo em 1973, o Campeonato Brasileiro de 1985, o Campeonato Paranaense de 2004 e o Campeonato Brasileiro da Série B 2007 são exemplos de que quando o Glorioso encarna o espírito vencedor, revestindo-se de humildade e raça, não há resultado que não possa ser alcançado.
Um grande exemplo a ser utilizado deve ser o título da série B no ano passado, porque quando o Cori tinha tudo em suas mãos para levar a taça, jogando em casa, com estádio completamente lotado, contra o Marília, que já não almejava mais nada na competição, perdemos o jogo e a conquista só não escapou porque o campeonato ainda tinha mais uma rodada. Naquele jogo contra os paulistas a euforia pela conquista do título criou uma afobação que contagiou jogadores e torcedores e que acabou interferindo diretamente no resultado do jogo. No final, o resultado caiu como um balde de água fria em todos. Desta vez isso não pode se repetir, não haverá mais nenhum jogo para consertar um desastre.
Por isso, e porque ainda faltam 90 minutos de jogo para que o grande Campeão Paranaense 2008 seja conhecido, é preciso que o Coritiba encare esta decisão como se ela ainda estivesse empatada, o jogo começa 0x0!
A vantagem de 2x0 obtida no primeiro jogo só terá valor se for mantida na segunda parte da decisão e para que isso aconteça será necessário muito empenho de nossos jogadores, diretoria, comissão técnica e torcida. Se do lado de lá está valendo a máxima de que nada está perdido, do lado de cá deve prevalecer a idéia de que nada está ganho ainda.
Não há cabimento para qualquer otimismo exacerbado, tampouco para se falar na possibilidade de entrar em campo para empatar ou perder pela diferença de um gol. Necessário se faz esquecer o primeiro jogo, afinal, este já teve o apito final trilado pelo árbitro. A história agora é outra: outro campo, outra torcida em maior número, outra arbitragem, enfim.
Do primeiro ao nonagésimo minuto, o time e a torcida Alviverde têm uma obrigação: agir como se o jogo no Estádio Joaquim Américo fosse o único da decisão, que estamos jogando com um jogador a menos e que precisamos vencer.
Há que se transpirar em dobro no gramado e a torcida, bem, a torcida deve e VAI cantar a plenos pulmões, sem parar:
COOOOOOOOOOOOOOOOOXXXXXXXXXXXXXAAAAAAAAAAAA!!!!
A partida promete fortes emoções. O adversário acredita ser capaz de erguer o troféu, mas no quesito lutar e acreditar ninguém sabe fazer isso melhor que o Time d'Alma Guerreira e a Torcida Que Nunca Abandona. Essa será a melhor oportunidade para a consolidação destas duas maravilhosas marcas.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)