EDITORIAL
No dia 09 de outubro de 2008, dois dias antes da partida diante da Portuguesa, em São Paulo, movimentos de torcida se reuniram com representantes da Comissão Técnica, Diretoria e elenco do Coritiba.
O tom da conversa foi de apoio total por parte dos torcedores na busca pela Libertadores. Foi deixado claro que não se exigia que time e comissão técnica conseguissem, necessariamente, a classificação, mas sim que tentassem de toda forma alcançar esse objetivo, por mais que parecesse difícil. O compromisso da torcida era de apoiar a aplaudir a demonstração de vontade e o suor na busca pelos resultados, ainda que pudessem acabar não vindo por algum motivo (que não a apatia).
Por parte da comissão técnica e dos jogadores o compromisso era de buscar a vitória a todo custo, jogo a jogo, já que o Coritiba nada teria a perder por jogar com ousadia. Dorival prometeu o time ofensivo na busca pelos resultados; Maurício prometeu garra e falou que o ambiente do grupo era excelente.
O saldo do pacto: nenhuma vitória, dois empates - um deles em casa - e uma humilhação para o Flamengo em pleno Maracanã para o Brasil e o mundo todo verem. 5x0 com direito a gol de goleiro.
A torcida apoiou após o péssimo empate em 0x0 contra a Portuguesa e compareceu em número razoável em domingo de frio e garoa no Couto para ver o time empatar em 1x1 com o Goiás em casa, cantando durante todo o jogo. As matérias nos sites e o tom da torcida vinha sendo de apoio e crença irrestritos na conquista.
A torcida, portanto, fez sua parte até agora.
Com a chance de classificação para a Libertadores praticamente inexistente após o vexame no Rio de Janeiro, é hora de fazer um levantamento das atuações do time. Eles cumpriram com a sua parte?
Contra a Portuguesa, apatia e falta de criatividade. Empate sem gols, burocrático, num jogo muito fraco tecnicamente.
Diante do Goiás, gol sofrido em falha defensiva. Gol de empate marcado por um zagueiro, em lance de bola parada. Falta de poder ofensivo para chegar à virada. Mau resultado em casa.
Contra o Flamengo, o time que se tinha como confirmado, e que treinou durante toda a semana, simplesmente foi desmanchado às portas do vestiário, com Dorival sacando do time o único jogador que vinha mostrando raça na equipe. Entrou o fraco, apático e assustado João Henrique, que errou todas as jogadas que tentou durante todo o jogo. Seu prêmio por isso? Ficou na equipe até o apito final, com 5x0 no placar para os cariocas.
Contra Portuguesa e Goiás o time foi mal e, para o jogo contra o Flamengo, até se poderia esperar a saída de Paraíba ou de Leandro Donizete, para dar mais mobilidade ao meio-campo, mas jamais a de Ariel, algo que pegou toda a torcida - e até a imprensa - de surpresa.
Mas não foi só o treinador que pecou ao não cumprir sua parte no pacto - jogar com ousadia. Os jogadores mostraram estar em ritmo de férias, muitos deles já pensando nos times que defenderão no próximo ano, já que não demonstraram ter o mínimo comprometimento com a camisa Coxa-Branca.
Time e Comissão Técnica, portanto, já não fizeram sua parte!
Contra o Atlético Mineiro, time e torcida terão a oportunidade de mostrar o que querem dos últimos sete jogos que restam na competição. A torcida terá de superar vários desafios: jogo no meio da semana, horário ruim, derrota acachapante na última rodada e, talvez, até mesmo mau tempo. Espera-se que nada disso venha a ser empecilho para aquela que Nunca Abandona.
Já os jogadores terão a oportunidade de mostrar se querem continuar entrando em campo para assistir ao adversário jogar, ou se têm um mínimo de vergonha na cara e passam a lutar pela vitória. As férias ainda não chegaram, portanto é bom honrarem os altos salários que recebem. É o que espera a Nação Alviverde!
Equipe COXAnautas
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)