EDITORIAL
Subiu porque caiu!
Eis que o Coritiba está de volta à Série A.
Mais de 700 dias sofrendo a humilhação da gozação dos adversários... a piadinha de que a churrascaria do Couto só serve carne de Segunda, tantas vezes repetida...
Voltamos à Série A.
Mais de 700 dias sofrendo a humilhação de uma diretoria cheia de soberba, cheia de si, cheia dos torcedores a ponto de dirigir-lhe impropérios audiovisuais...
Voltamos à Série A.
Que não saiam às janelas, às sacadas e aos balcões posando de heróis aqueles que, acovardados, recolheram-se envergonhados e amedrontados ao final de 2006. Se subimos, é porque caímos. E só subimos porque os dirigentes resolveram encontrar outra coisa que fazer e deixaram o Coritiba seguir seu caminho. Não subimos graças a eles: subimos apesar deles.
Voltamos à Série A.
Virtudes e méritos cabem aos que jamais abandonaram o Coritiba, nem mesmo depois do emblemático episódio do confronto de Jundiaí, em 2006, quando os dirigentes do Clube deixaram cair as máscaras e mostraram suas verdadeiras faces. Aplausos à torcida d’Alma Guerreira, àquela que nunca abandona.
Virtudes e méritos cabem aos jogadores, que superando limitações individuais tiveram a capacidade de formar um grupo forte, sinérgico, onde o todo foi mais que a soma das individualidades.
Virtudes e méritos a René Simões que, convicções técnicas à parte, teve o mérito de agregar o grupo e mantê-lo coeso como unidade até o final.
Virtudes e méritos aos “invisíveis” de René Simões, que fizeram um belo trabalho de suporte, manutenção e reparos para que o grupo não sentisse a falta ocasional de peças importantes.
Voltamos à Série A.
Que não queiram que nós, torcedores, recebamos como um prêmio ou uma recompensa por nosso amor e dedicação exatamente aquilo que já tínhamos.
Retornar o Coritiba à Série A é algo que jamais teremos na conta de uma conquista.
Teremos, sim, a queda à Série B decretada em 2005 e o fracasso da campanha da volta em 2006 como nódoas indeléveis no currículo do nosso Glorioso.
Portanto, aventureiros, cautela!
Voltar à Série A não é prêmio, mas pagamento de dívida.
E o título da Série B não será conquista, mas parte da compensação.
Porém, os danos e as cicatrizes deixados jamais desaparecerão: são indeléveis e serão inesquecíveis.
Para que nunca mais repitamos o erro e, muito menos!, para que insistamos nele.
Coritiba, vencer é teu destino!
Equipe COXAnautas
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)