Editorial
O Couto Pereira vazio neste último ano, nos dias de jogos do Coritiba, justifica muito bem o sentimento vivido por cada torcedor, tamanha é a tristeza que toma conta de nossos corações ao ver o Coritiba neste estado de apatia administrativa e crise técnica no futebol que, como num passe de mágica, desapareceu do Alto da Glória.
O Couto vazio nestes tempos pandêmicos, com refletores acesos ou a luz do dia com bola rolando, valendo pontos e muitas vezes até a vida do clube, parecem bem a propósito para o atual momento. Um estado de melancolia que inunda o coração do mais otimista Coxa-Branca.
O Coritiba foi minguando e bastaram três administrações para que sumisse completamente dos nossos olhos. Difícil de aceitar, está difícil de engolir. O que fizeram com nosso Coritiba?
Agora, importa mesmo saber o que vão fazer para tirar o clube desta inércia instalada há anos. Sem que sequer seja dado um sinal, pequeno que seja, mas que retome ao menos um outro caminho que não seja este de aceitação com este perfil que dão ao Coritiba. Um clube de segunda linha, sem respeito nacional e agora sequer entre os nove melhores do estado. O Coritiba virou um colecionador de números negativos.
Resta apenas a dignidade que sua torcida carrega, mas a duras penas. Sobra o sonho, porque seu clube centenário há de ressurgir em algum momento. Não daquele clube das histórias que os mais antigos contam. Mas de um Coritiba moderno, como o futebol que se joga hoje pelo mundo dos grandes.
Que nasça no Alto da Glória, uma nova geração de torcedores vencedores e que lá na frente sigam contando a história vitoriosa do Coritiba.
Passado este pesadelo, que o Couto Pereira volte a receber grandes públicos, em partidas memoráveis, e que de lá o torcedor saia, mesmo nas derrotas, de cabeça erguida, bem diferente deste que temos acompanhado pela televisão, especialmente nos dois jogos contra o Flamengo, quando vimos um Coritiba covarde, medroso, acuado.
Na retomada de uma vida normal sabe-se lá quando, e acreditamos que um dia poderemos voltar a sair por aí livremente sem máscaras, o momento atual seja apenas uma parte de uma triste lembrança.
Somos a torcida Coxa-Branca que carrega o estigma da " Alma Guerreira". Precisamos acreditar que isso vai passar e esta alma vencedora vai prevalecer, e nos tirar deste momento difícil!
Saudações Alviverdes
Editoria COXAnautas
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)