Entrevista Morínigo
O Coritiba foi destaque na imprensa paraguaia, neste final de semana. Isso porque o técnico Gustavo Morínigo conversou com o jornal “Crónica” e contou um pouco da sua experiência no Brasil.
À pedido de alguns torcedores, nas redes sociais, o COXAnautas traduziu a matéria e traz pra você na íntegra:
“Gustavo Morínigo vem fazendo um excelente trabalho à frente do Coritiba, no Brasil. Com os resultados do final de semana, o clube divide com o Náutico a liderança do campeonato, ambas com 30 pontos.
Morínigo disse ao “Crónica” que tem um grande compromisso moral com o clube, porque há um mês o presidente da entidade faleceu, vítima de COVID.
“Promover o Coritiba à Série A é o meu sonho, meu objetivo é tenho um grande compromisso, uma dívida com o clube; faleceu recentemente o presidente Renato Follador, que foi o primeiro a confiar em mim e no meu trabalho”.
Morínigo disse ainda que o desafio é enorme, por se tratar de um torneio muito difícil, que conta com 20 equipes competindo, em dois turnos, para conquistar uma das quatro vagas de acesso. Entre os rivais, estão os tradicionais clubes do Vasco da Gama, Cruzeiro, Botafogo e Goiás.
“O clube é muito grande, é praticamente uma cidade inteira e por sua infraestrutura e história somos obrigados a levá-lo de volta para primeira divisão; o desafio é enorme, estou deixando tudo em cada jogo para conquistar o acesso”, acrescentou.
O treinador ainda elogiou a qualidade da equipe, embora tenha admitido a busca por reforços para o setor de ataque, já que os jogos são contínuos e exaustivos. "Apesar disso, estamos no caminho certo, às vezes jogando bem, outras não tão bem, mas obtendo resultados e no final isso nos mantém em uma posição importante", explicou o ex-técnico do Nacional, Cerro Porteño e Libertad.
Gustavo ainda comentou como conquistou o carinho e o respeito dos jogadores, dirigentes e dos torcedores, “Com muito trabalho e com os resultados também; o profissional paraguaio não tem o que invejar nenhum profissional de outro lugar, é só estar trabalhando e se aprimorando a cada dia ”.
“Sempre tive muito apoio de todos, mesmo após a eliminação no Campeonato Paranaense. Um treinador estrangeiro não era muito bem visto por aqui, mas confiaram em mim, no meu trabalho e isso foi gerando mais confiança em todos os sentidos”, explicou.
Sobre o idioma, disse que “não foi problema, sempre fui um amante da música brasileira; agora meu português está ficando mais fluente”.
Morínigo lembrou que assim que chegou ao Brasil para assumir a direção técnica, contraiu a COVID, que, graças a Deus, superou completamente após os devidas cuidados. “Foi tudo bem, também tenho que valorizar a equipe, muito responsável, porque em todo esse tempo já tivemos três ou quatro casos e nada mais, cuidamos bem de nós mesmos”, lembrando que no início tinha Roberto "Toro" Acuña como auxiliar, mas que voltou ao Paraguai por problemas familiares. Atualmente, os argentinos Martín Paolorosso e Gonzalo Llanos compõem sua comissão técnica.
“A parte mais difícil é ficar longe da família, por causa da pandemia, os voos e a sequência de jogos dificultam de visita-los. A tecnologia ajuda, mas não é a mesma coisa”, confessou Morínigo, acostumado com família acompanhá-lo em todos os lugares. Ele disse que sua esposa, Alicia, costumava lhe ensinar algumas receitas receitas culinárias de seu país, por videochamadas.
Gustavo ainda tem quatro filhos: Alan, Danna, Dalma e Nico.
Ele disse que por causa da própria preocupação com a pandemia, a comunicação com seus pais Eliseo e Irene, e até mesmo com os sogros, tornou-se mais restrita. "É difícil, tanto para eles como para mim, é difícil não estar convivendo com eles", finalizou.”
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)