Máquina do Tempo
Por: Luiz Eduardo Buquera
No espaço que costumeiramente resgata vitórias do Verdão, será lembrado um empate com o Leão da Estradinha, tradicional adversário e freguês. Mas o motivo é justo e envolve o maior ídolo da torcida do Coritiba, Dirceu Kruger.
Na temporada em que completou 70 anos de idade, cinquenta deles dedicados ao Coxa, o Flecha Loira recebeu as devidas homenagens por sua atuação no clube exercendo diversas funções (jogador, treinador, auxiliar técnico e coordenador da base).
Na sexta rodada do Campeonato Paranaense de 2016, inscrito no BID da CBF, o eterno ídolo entrou em campo com a equipe profissional, trajando a camisa número 50 e a faixa de capitão. Deu o pontapé inicial da partida e ao ser substituído passou a faixa para o lateral Ceará. No seu "segundo lar", como gostava de destacar, saiu de campo ovacionado, com volta olímpica e todo o carinho da torcida que aprendeu a amá-lo.
Infelizmente, a equipe não foi capaz de conquistar uma vitória para coroar a ocasião. Mas ao menos foi um confronto movimentado, com situações inusitadas e muita emoção.
O Coritiba cometeu muitos erros defensivos e esteve por três vezes atrás no placar. O protagonista do erro que resultou no primeiro gol parnanguara, o goleiro Wilson, marcou o gol de empate aos 50 minutos do segundo tempo, fazendo as pazes com a torcida, e teve seu nome gritado incessantemente ao final da partida.
Curiosamente, Kruger estreou em 1966 numa partida contra o Grêmio, e foi responsável pelo gol de empate ao final da partida.
Coritiba e Rio Branco se enfrentaram 85 vezes, com amplo domínio do Alviverde, que obteve 62 vitórias, 16 empates e sete derrotas. Considerando apenas as 47 partidas realizadas em Curitiba, o Verdão venceu 34, empatou 11 e perdeu apenas duas.
Ficha técnica:
Coritiba 3x3 Rio Branco - 25 de fevereiro de 2016.
Estádio Major Antônio Couto Pereira
Coritiba: Wilson, Ceará, Wallison Maia, Juninho e Carlinhos (Negueba); Amaral, João Paulo, Dudu e Juan; Guilherme Parede (Vinícius) e Leandro (Thiago Lopes). Técnico: Gilson Kleina.
Rio Branco: Edvaldo, Lito, Alisson, Marcão e Paulo Henrique; Henrique, Ratinho, João Paulo e Roberto (Diogo); Danilo (Ralph) e Rodrigo (Douglas). Técnico: Leandro Niehues.
Gols: Danilo (RB) 11/1, Carlinhos (CFC) 16/1; Rodrigo (RB) 33/1, Marcão (RB) (contra) 47/1, Roberto (RB) 18/2, Wilson (CFC) 50/2.
Público pagante: 5.800 pessoas.
Público Total: 6.949 pessoas.
Árbitro: Leonardo Sigari Zanon
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)