Máquina do tempo
Com o acesso assegurado para a próxima edição do Campeonato Brasileiro da série A e ainda lutando pelo título, o Coritiba enfrentará o CSA, que joga todas suas fichas para continuar postulando uma das duas vagas restantes para a elite em 2022.
O retrospecto geral de confrontos, regista 3 vitórias alviverdes, 2 empates e 2 triunfos alagoanos. Em Curitiba foram três partidas, e o Verdão está invicto com duas vitórias e um empate.
O primeiro jogo oficial em Curitiba entre os clubes, foi realizado pela primeira fase da Copa do Brasil de 1991, e constitui-se numa daquelas sofridas decisões. Após ser derrotado por 1x0 em Maceió, o Coritiba teria que vencer por 2 ou mais gols de diferença para classificar-se sem a necessidade de disputa de pênaltis que seria realizada em caso de vitória por 1x0. Todos os demais resultados levariam o CSA para a segunda fase.
Para o primeiro semestre de 1991 o Coritiba montou uma excelente equipe, considerando o contexto de série B que enfrentaria. E aparentava que iria afastar a maldição que se abateu sobre o clube desde a canetada da CBF que rebaixou o clube no final de 1989. Mal sabiam os fiéis torcedores, que várias outras injustiças ocorreriam e que o sofrimento estava longe de acabar.
Na ocasião, a diferença de patamar das equipes era maior do que atualmente e a torcida alviverde era bem menos tolerante. Já tratava a derrota em Alagoas como inadmissível. Dessa forma, foi para a partida na espera de que a vaga fosse decidida no tempo normal com uma goleada, já que a equipe vinha num bom início de série B.
Mas na prática, foi bem diferente, um 1x0 arrancado a fórceps, com segundo gol anulado (não há registros se corretamente ou não) e decisão por pênaltis na qual começamos atrás, classificou o Glorioso que evoluiu ao longo da competição, eliminando com duas goleadas por 3x0 no Couto, seguidas por empates fora de casa, o Paysandu que viria a ser campeão da série B daquele ano e o Botafogo, bicampeão carioca e que seria vice brasileiro no ano seguinte.
O Coritiba parou apenas na semifinal, diante do Grêmio, tendo que disputar a partida de ida no Couto, numa quarta-feira à tarde, após ter perdido a vaga na elite nacional para o Guarani com o auxílio de José Roberto Wright na segunda-feira à noite, e ter perdido o técnico Levir Culpi logo em seguida.
Como curiosidades, na zaga do Alviverde atuou Márcio Araújo, que mais tarde viria a ser treinador da equipe em 1999/2005/2006 e o treinador do CSA era Mauro Fernandes que atuou no Coxa no início de 1999, dando lugar a Abel Braga, que conquistaria o épico título estadual de 1999.
A primeira metade dos anos 90 marcou um período no clube que não era para os fracos, e que de certa forma, forjou torcedores mais vibrantes e menos exigentes do que em anos anteriores. A única alegria que tínhamos era vencer os atleTIBAs o que acontecia invariavelmente.
Ficha Técnica
Coritiba 1x0 CSA - 27/02/1991
Nos Pênaltis: Coritiba 3 X 1
Estádio Couto Pereira
Coritiba: Luís Henrique, Catani, Pinela, Márcio Araújo, Paulo César Campinas; Hélcio, Geverton, Nardela e Pedrinho Maradona; Ronaldo Lobisomem e Chicão. Técnico: Levir Culpi. Entraram:Toninho Cajuru e Pachequinho.
CSA: Carlinhos, Ivanildo II, Café, Nenê e Zezinho; Régis, Peu, Carlinhos Marechal e Talvanes (Ivanildo); Chico e Ivan. Técnico: Mauro Fernandes.
Gols: Chicão 27/1 (CFC). Nos pênaltis: Ivanildo (CSA), Cattani (CFC), Nardela (CFC) e Toninho Cajuru (CFC).
Público pagante: 4.788 pessoas
Árbitro: José Carlos Marcondes
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)