Máquina do Tempo
Por: Luiz Eduardo Buquera
Aqui no “Máquina do Tempo” costuma-se recordar confrontos históricos contra os adversários que o Verdão enfrentará na rodada seguinte. O adversário da vez é o Avaí, tradicional equipe da capital catarinense. Dessa vez, traremos aqui algumas informações de partidas contra este adversário, no entanto, o enfoque principal será dado aos confrontos contra equipes catarinenses em campanhas gloriosas que tiveram como resultado classificação para a Taça Libertadores da América e o título de Campeão Brasileiro. Vale ressaltar que nessas ocasiões o Glorioso obteve 100% de aproveitamento contra os adversários do estado vizinho.
Fatos relevantes sobre confrontos com o Avaí são muitos, destacando-se a primeira partida noturna no estado do Paraná em 1942 (vencida pelo Coritiba por 4x2) e a invasão de Florianópolis pela torcida Coxa em 2006 (vitória Coxa de virada por 2x1), quando enfrentamos o adversário além de uma arbitragem desastrosa, e terminamos o primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro na primeira colocação. Por falar em 2x1 de virada (viradas que estão se tornando frequentes em 2022), o primeiro e o último confrontos oficiais entre as equipes terminaram da mesma forma, ambos em Florianópolis em 1974 e 2021.
Os confrontos oficiais entre Coritiba e Avaí registram vantagem do Alviverde, que venceu 13, empatou 5 e perdeu 7. Considerados somente os confrontos em Florianópolis, há mais equilíbrio, com 5 vitórias Coxas, 4 empates e 4 vitórias do Leão da Ilha.
Agora, mudaremos o foco para as campanhas inesquecíveis do Coxa que ocorreram com 100% de aproveitamento contra equipes de Santa Catarina, quando os adversários foram Joinville em 1985 e Figueirense e Criciúma em 2003. A primeira campanha resultou em nosso maior título e a segunda resultou em classificação para a última participação Alviverde na Taça Libertadores da América. Será que os confrontos de 2022 com o Avaí entrarão para a história de maneira semelhante, e o Coxa repetirá uma ou ambas as glórias? Só o tempo dirá, mas as atuações recentes têm permitido à torcida voltar a sonhar.
Em 1985, o Coritiba venceu o Joinville por duas vezes na segunda fase da competição, 2x1 em Curitiba e 1x0 em Joinville. A segunda destas partidas ficou marcada pela invasão da torcida Coxa ao estádio adversário e pelo golaço de Lela, que garantiu a vitória e a possibilidade de classificação para as semifinais com um empate na rodada seguinte.
Em 2003, pelo Campeonato Brasileiro, o Coritiba venceu o Figueirense por 1x0 em Curitiba e 2x1 em Florianópolis. Destes confrontos, destacou-se a vitória em casa na quinta rodada, que foi importantíssima por ter sido a primeira da equipe na competição, tirando o Coritiba da lanterna do campeonato quando já havia rumores de possível demissão do técnico Paulo Bonamigo em caso de derrota, o que se revelaria um enorme equívoco.
Na mesma edição do campeonato, também ocorreram duas vitórias contra o Criciúma, fora de casa por 3x2 e 2x0 em Curitiba. Em Criciúma, chamou atenção o gol relâmpago (11 segundos) do lateral Ceará, um dos mais rápidos da história da competição, além da excelente vitória sobre um adversário extremamente difícil de ser batido em seus domínios e que vinha de seis vitórias seguidas na competição (maior série da sua história em Campeonatos Brasileiros). O destaque do Tigre na época era o atleta Paulo Baier, que aparentemente gostou de perder para o Coxa e veio jogar pelo arquirrival, onde pode repetir o feito inúmeras vezes. A vitória Alviverde por 2x0 na última rodada sacramentou a classificação para a Taça Libertadores da América no ano seguinte e foi marcada pela presença de grande público que festejou muito nas dependências do Estádio Couto Pereira.
Coritiba 2x1 Joinville – 10 de julho de 1985.
Estádio Couto Pereira.
Coritiba: Rafael, André, Gomes, Heraldo e Dida; Almir, Marildo e Marco Aurélio; Lela, Luisinho (Gil) e Édson. Técnico: Ênio Andrade.
Joinville: Carlos Alberto, Jorge Silva, Adilson, Léo e Jacenir; Da Silva, Nardela e João Carlos Maringá (João Renato); João Carlos, Wagner e Carlinhos (Reginaldo). Técnico: Vail Mota.
Gols: Dida (CFC) 4/1, Lela (CFC) 43/1 e Reginaldo (JOI) 20/2.
Público pagante: 13.711 pessoas.
Árbitro: Wilson Carlos dos Santos.
Joinville 0x1 Coritiba – 17 de julho de 1985.
Estádio Ernesto Schlemm Sobrinho.
Coritiba: Rafael, André, Gomes, Vavá e Dida; Almir (Marco Aurélio), Marildo e Toby; Lela, Índio e Vicente (Paulinho). Técnico: Ênio Andrade.
Joinville: Carlos Alberto, Jorge Silva (Da Silva), Adilson, Léo e Jacenir; Ricardo (Reginaldo), Nardela e João Carlos Maringá (João Renato); João Carlos, Wagner e Carlinhos. Técnico: Vail Mota.
Gols: Lela (CFC) 21/2.
Público pagante: 14.308 pessoas.
Árbitro: Arnaldo César Coelho.
Coritiba 1x0 Figueirense – 21 de abril de 2003.
Estádio Couto Pereira.
Coritiba: Fernando, Fabrício (Alexandre Fávaro), Reginaldo Nascimento e Danilo; Pepo, Roberto Brum, Tcheco, Jackson e Adriano; Marco Brito (Marcel) e Lima (Marlon). Técnico: Paulo Bonamigo.
Figueirense: Édson Bastos, Márcio Goiano, Paulo Sérgio, Cléber e Filipe Luis; Jeovânio, Bilú, Vagner Mancini (Danilo) e Luciano Sorriso (Luiz Fernando); Jocimar e Roberto (Zinho). Técnico: Vagner Benazzi.
Gols: Marco Brito (CFC) 13/2.
Público pagante: 4.757 pessoas.
Árbitro: Paulo César de Oliveira.
Criciúma 2x3 Coritiba – 27 de julho de 2003
Estádio Heriberto Hülse.
Coritiba: Fernando, Odvan, Reginaldo Nascimento e Danilo; Ceará (Maurinho), Roberto Brum, Tcheco (Williams), Souza e Lira; Edu Sales e Marcel. Técnico: Paulo Bonamigo.
Criciúma: Fabiano, Cametá (Léo Oliveira), Duílio e Luciano; Paulo Baier, Léo Mineiro, Paulo César (Tico), Saulo e Rômulo; Leonardo e Douglas (Jabá). Técnico: Lori Sandri.
Gols: Ceará (CFC) 11seg/1, Odvan (CFC) 45/1, Paulo Baier (CRI) 13/2, Marcel (CFC) 27/2 e Paulo Baier (CRI) 30/2.
Público pagante: 8.369 pessoas.
Árbitro: Romildo Corrêa.
Figueirense 1x2 Coritiba – 24 de agosto de 2003.
Estádio Orlando Scarpelli.
Coritiba: Fernando, Ceará, Danilo, Reginaldo Nascimento e Adriano; Roberto Brum, Tcheco, Jackson e Lima; Edu Sales (Souza) e Marcel (Pepo). Técnico: Paulo Bonamigo.
Figueirense: Édson Bastos, Márcio Goiano, Paulo Sérgio, Cléber e Triguinho; Jeovânio (Fernandinho), Bilú, Simplício e Luciano Sorriso (William Fabro); Sandro Hiroshi (Sandro Gaúcho) e Felipe. Técnico: Luiz Carlos Ferreira.
Gols: Danilo (CFC) 34/1, Edu Sales (CFC) 1/2 e William Fabro (FIG) 27/2.
Público pagante: 9.767 pessoas.
Árbitro: Paulo César de Oliveira.
Coritiba 2x0 Criciúma – 13 de dezembro de 2003.
Estádio Couto Pereira.
Coritiba: Fernando, Danilo, Reginaldo Nascimento e Odvan; Maurinho, Roberto Brum, Jackson, Lima (Pepo) e Ricardinho; Edu Sales (Helinho) e Marcel (André Nunes). e Pepo. Técnico: Paulo Bonamigo.
Criciúma: Fabiano, Etto, Duílio, Luciano e Luciano Almeida (Gleidson); Edinho (Saulo), Léo Oliveira, Cléber Gaúcho e Dejair (Rômulo); Leonardo e Douglas. Técnico: Gilson Kleina.
Gols: Marcel (CFC) 36/1 e Lima (CFC) 15/2.
Público pagante: 31.013 pessoas.
Árbitro: Sérgio Cristiano do Nascimento.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)