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Com mais de um mês sem futebol, matando as saudades apenas com vídeos antigos, à torcida do Coritiba resta um outro consolo: tá lá, na página do clube ou aqui mesmo no COXAnautas, ou nos arquivos das editorias de esporte. A última vez que vimos a bola rolar, mesmo que tenha sido pela tv, foi no Atletiba, com vitória Coxa (4x0), em 15 de março. E não foi uma vitória qualquer. Foi com um bom futebol, daqueles para encerrar a conta, passar a régua. De lá para cá a bola não rolou mais. Isso não só nos dá prazer como também incomoda o adversário. Com time aspirante, sub 23 ou seja lá como querem classificar, foi mais uma surra que conta mais um capítulo desta instituição que é o ATLETIBA.
O Couto agora serve de alojamento a funcionários do HC. Definitivamente a vida da cidade mudou, as nossas vidas mudaram. O futebol parou totalmente, no mundo. Podemos voltar, não se sabe quando, com a engrenagem girando em outro ritmo, difícil prever como.
Agora, um mês depois, há uma movimentação ainda muito tímida, na Europa e até mesmo aqui, com alguns clubes anunciando a volta aos trabalhos, mesmo que contrário a recomendações de epidemiologistas.
Aqui no Paraná vem de Londrina uma proposta para retomada do campeonato regional em sede única, com outro formato, evidentemente sem torcida nas arquibancadas, mas todas as federações parecem dependentes do “sim” da CBF, mãe de todas as Federações.
Deixar o brasileiro sem futebol é quase uma tortura. A Rede Globo que de boba não tem nada, se apressou em ocupar o horário nobre dos domingos, para colocar no cardápio dominical, partidas memoráveis, com a Seleção Brasileira como protagonista, em suas epopeias pelo mundo da bola. Enquanto isso, nós Coxas, ficamos com o último atletiba de lembrança, que na verdade, a esta altura nem tem tanta graça assim.
Há uma grande parcela da torcida Coxa que gosta de usar uma frase de efeito: “ há coisas que acontecem só com o Coritiba! E neste caso sim, a atual situação parece conspirar contra o Coritiba. Justamente o ano que o clube voltaria à elite do futebol brasileiro, provavelmente não teremos a disputa e se tiver será em outro modelo, apenas para não deixar a grande estrutura enferrujar. A verdade é que diante da gravidade do problema, o futebol é de menor importância, é secundário, mas como já admitimos, deixar o brasileiro sem futebol, é quase uma tortura.
Assim, tudo ainda não passa do campo das especulações. Nada se confirma, principalmente porque a imprensa esportiva, por conta da falta de assunto, sai do seu trabalho de informar, compra e vende boatos, dando destaque a temas que sequer ganharam o tratamento de projeto.
Sem futebol e sem informações, vamos nós aqui, conjecturando a única realidade que teremos até o final do ano: as eleições no Coritiba, que devem indicar novos caminhos. Um bom momento para concentrar as atenções num só problema, momento para rever erros repetidos durante anos.
Hora de sair deste ciclo vicioso, errado e que compromete nosso passado e coloca em risco nosso futuro.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)