Arquibancada
Saíram reclamando, no primeiro tempo W. Farias e ao final do jogo o treinador Morínigo. Os dois literalmente disseram que o Coritiba esperava voltar de Maceió com os três pontos. Arrogância? Não! Pretensão de quem liderou e ainda lidera a competição, agora a poucos pontos de conquistar a classificação. Mais do que óbvio que o Coritiba sonhe com o título. Só acho que não querer vencer. É preciso jogar para ganhar, coisa que ontem o Coritiba não fez. Como não fez em outras rodadas. Sair de campo reclamando que o empate foi ruim, e não jogar pra ganhar, tendo no histórico desta Série B, poucas partidas onde o time “sobrou” principalmente nas últimas 10 ou 11 rodadas, quando os pontos são arrancados à forceps. Recupero mais uma vez o que tenho dito desde o começo: “ vai ser assim até o fim”.
O que vemos é a confirmação do que grande parte da torcida já sabe. O time é melhor que de anos anteriores, mas com limitações e agora mais do que nunca com um agravante. Alguns jogadores experimentam a exaustão de fim de temporada. A tal da curva descendente de que tanto fala a fisiologia do esporte. Não só a juventude de Natanael, Biro, Paixão, e de mais dois ou três que variavelmente são suficientes para sair do banco e salvar a falta de folego de um time com idade média alta. Robinho, Val , Rafinha, W. Farias, Henrique e até Gamalho, não andam jogando mal. Andam casados e não conseguem mais terminar os 90 minutos “inteiros”. Ontem, contra o CRB, Robinho saiu mancando e outros jogadores vão sofrer com a intensidade que foi disputada a partida de ontem, por exemplo. Mesmo com tanta doação, e até excessos, ainda temos menos frequência de atletas no departamento médico do que já tivemos na histórias recente do clube. Aliás um trabalho que é preciso ser enaltecido a esta altura.
Se chegarmos ao título, teremos um motivo a mais para comemorar: na plaquinha pregada no troféu, escrevam lá: SUPERAÇÃO.
É a palavra que define o que grande parte do time vem fazendo. É doação além da condição física de muitos. Por isso, não dá pra aceitar críticas de corpo mole ou piadas sobre este ou aquele que inexplicavelmente fez uma péssima partida.
O Coritiba é um time de qualidade limitada, que faz milagres numa competição difícil. E de agora em diante as partidas serão ainda mais “pegadas”, como foi nesta noite de terça-feira contra o CRB. A reta final começa agora. E será com este espírito de superação e de doação que chegaremos ao título, porque francamente, a classificação me parece uma questão de tempo. Por merecimento.
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