Bola de Couro
Quando pensamos que o Coritiba não pode piorar no que apresenta neste ano terrível da sua história, eis que o time prova que pode e mais uma vez decepciona. O time é muito fraco, ninguém desconhece isso, mas consegue piorar a cada apresentação. Se o Tiririca fosse comentarista do futebol paranaense, chegaria à conclusão de que, ao contrário do seu bordão de campanha, pior do que está fica.
A cada má jornada acreditamos que estamos no fundo do poço. Mas parece que há quem escave mais o poço, de modo que nunca atingimos o fundo.
Já não temos o que dizer – cronistas e torcedores – a não ser repetir a mesma inconformidade e tristeza de que estamos tomados. Falar sobre o atual Coritiba é como conversa de elevador. Encontramos o vizinho, cumprimentamos e logo um fala sobre o clima, como está quente, ou como está frio, ou que não há saúde que aguente, e todo o dia é assim. Pois, nós, coritibanos, também. Quando escrevemos ou dialogamos entre nós a conversa é sempre a mesma, o time é ruim, é um dos piores da nossa história, a diretoria é incompetente, não se vê perspectiva, enfim, falamos sempre a mesma coisa.
E repetitiva também é a fala dos que comandam o Coritiba.
Após o jogo contra o Londrina o Tcheco veio falar de azar, da necessidade de humildade, que não deixará o cargo por sua iniciativa, que o Coritiba contratou um palestrante para motivar os atletas, e outras tolices sem nexo com a realidade. Mas não admite que não temos jogadores minimamente qualificados e nem que ele não está preparado para ser treinador.
Provavelmente nesta semana serem brindados com uma nota oficial no estilo de sempre. Culpa das direções anteriores, primazia para pagamento de contas ainda que ao mesmo tempo não gerando receitas de modo ao déficit aumentar no futuro, a matemática ainda permite esperança, os jogadores são esforçados, etc. E nós, torcedores, seremos tomados mais uma vez por tolos, pois não alcançamos os desígnios do planejamento da soberba direção.
A esta altura resta apenas esperar que os nomes históricos do Coritiba tentem chamar o jovem comandante do Coritiba às falas e propor que aceite a voz dos experientes colaborando no comando, ou até mesmo que dele se afaste, permitindo o que denominei em textos anteriores de intervenção branca (veja aqui e aqui). Espero que aqueles se sensibilizem e ajam, antes que seja muito tarde e não haja como reagir, de modo que no futuro não sejam acusados de omissão.
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