Bola de Couro
Perdemos hoje o Jairo, sem dúvida o maior goleiro da história do Coritiba. E com a perda dele se foi um pedaço da nossa gloriosa história de tempos que parecem não querer voltar.
Nosso site já apresentou as estatísticas de sua passagem pelo nosso clube, as quais não deixam dúvida sobre quem foi o Jairo. Seis vezes campeão paranaense, campeão do Torneio do Povo e campeão brasileiro e o goleiro que mais jogou em nosso clube. Fez história também no Corinthians, onde foi duas vezes campeão, passou pelo Náutico e América Mineiro e Seleção Brasileira, mas foi no Coritiba que fincou e deixou as suas raízes e se tornou um dos nomes mais lembrados e queridos dos torcedores que viveram os tempos em que alcançamos as nossas maiores glórias.
Lembro bem da primeira vez em que vi o Jairo jogar. Foi em um atletiba em 1973. Vencemos o rival no Couto Pereira – na época ainda denominado Belfort Duarte - não recordo se por 2 x 0 ou 1 x 0, partida em que o Atlético jogou muito, especialmente pelo Sicupira. Eu estava na curva dos fundos, bem atrás do gol, quando fiquei maravilhado com aquele jovem e gigantesco goleiro que, como se diz, “pegou tudo”. A partir de então fiquei seu admirador, tanto pelo bom futebol como pela sua conduta pessoal, discreta, educada, e que sempre respeitou ao clube onde se destacou.
A história do Coritiba nunca será bem contada se a narrativa não tiver como protagonista o Jairo, o maior goleiro que tivemos, pensamento que sempre externei e que não está tocado pelo sentimentalismo do momento. A propósito, não me tomem por piegas, mas com sinceridade confesso que senti um nó na garganta ao tomar conhecimento da notícia.
Com o Jairo se vai um pedaço de todos nós, um pedaço do tempo glorioso do Coritiba. Parafraseando a música do Sérgio Bittencourt, diria: - “Naquele campo está faltando ele, e a saudade dele está doendo em mim”.
Adeus, Jairo, tenha certeza de que você nunca será esquecido.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)