Estrela Dourada
Em meu último texto não quis escrever sobre a estupidez da escalação de Dodô na meia/lateral/ponta, porque o momento era de comemorar a improvável vitória contra o Flamengo, em mais um jogo no qual fizemos um gol com uma bola desviada na zaga e nos seguramos o restante do jogo todo, com as fraldas nas mãos.
Considerando que meu amigo Rauen já disse quase tudo sobre esse assunto, gostaria de acrescentar apenas que, mais do que irresponsabilidade, considero essa mais uma prova da incompetência de Marcelo Oliveira para lidar com jogos decisivos. Por mais que se tente estar preparado para suas invenções, ele sempre se supera. E infelizmente, pra nós, o próximo jogo do Coritiba, contra o São Paulo, é o mais decisivo de todos.
O Coxa, hoje, é Wilson e mais dez. No dia em que Wilson desce para o plano dos mortais, não há como ter esperanças. Criticar aquele que é o principal responsável por termos chegado vivos até esta altura do campeonato, porém, seria uma estupidez maior do que achar que Marcelo Oliveira é um bom treinador.
Terminado o jogo contra o Flamengo, esse boca aberta já correu para os microfones para, não sei se de olho em um provável prêmio extra que, talvez, receberia caso conseguisse esse milagre, falar em classificação para a Sulamericana. Antes de motivar, isso tira o foco da luta pela fuga do rebaixamento. Já depois da goleada sofrida contra o Galo, que arrebentou nosso saldo de gols, ele vem dizer que “precisa que Daniel marque”, escancarando sua obsessão doentia e já sinalizando o que vem pela frente contra o time paulista.
O fato é que, a despeito de tudo, o Coritiba só depende de si. Se no último jogo voltamos a jogar aquele futebol de time rebaixado, se Wilson não fez os seus milagres, se Kleber voltou a cometer suas irresponsabilidades, tomando um cartão amarelo idiota que o deixa de fora de outra partida importante, e se Marcelo Oliveira voltou a querer reinventar a roda, que tudo isso não tenha sido suficiente para interromper a maré de sorte que nos fez respirar nas últimas rodadas.
Racionalmente, não sei se é bom prolongarmos nosso sofrimento na primeira divisão, mas nessas horas a emoção fala mais alto. Valha-nos, Wilson! Não nos abandone agora, sorte!
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