Não temos um time competitivo há cinco anos. Briga pra não cair, desclassificações em Copas do Brasil para times de terceira divisão, filas no departamento médico todos os anos... Nos últimos anos mais tenho saído do Couto de cabeça baixa do que qualquer coisa. E no final do ano passado de fato aconteceu o que era esperado. E da pior maneira possível, com um gol no minuto em que o Flamengo nos salvava em Salvador.
Ano novo, diretoria nova, esperança renovada. Mas o que ocorreu nestes três meses foi de doer! Fui a todos os jogos e reputo isso como masoquismo. Nunca tinha visto um Maringá ou um Foz nos humilhar dentro de nosso Estádio (e olha que já sofri no Couto...).
Não discordo da política de promover jovens jogadores, nem de utilizar o paranaense como laboratório. Aliás, defendi isso muitas vezes como torcedor, mas fazer isso num momento de impaciência do torcedor, utilizando um time inteiro de jovens inexperientes e, pior, com um técnico deste "gabarito", tem tudo para não funcionar.
Um técnico sem história e conformado, que olha pro campo e pro banco sem fazer qualquer mudança, seja de esquema de jogo, seja de jogadores e que quando mexe é pra trocar lateral por lateral, ponta por ponta etc. Eu o teria demitido pela decisão de colocar um time inteiro reserva logo depois do título do primeiro turno, quando tomou uma goleada de um time de quinta e matou o pouco entusiasmo da torcida. Ou quando, neste mesmo jogo, esperou tomar o 3x0 pra mudar o time. Ou depois da entrevista coletiva do jogo contra o Cascavel, falando que a "missão" estava cumprida, pois nem esperava chegar na final do campeonato. E domingo? Toma o segundo gol e leva 20 minutos pra trocar um jogador. E ainda premia aquele que se recusou a jogar no paranaense sob uma alegada "contusão", com a titularidade na final (felizmente está indo para o outro clube...).
Durante e depois de tudo isso também não vieram grandes contratações. Chegaram dois ou três jogadores medianos que devem se somar aos que estão aí.
De positivo, as revelações de Tallisson Kelven, Romércio, Vitor Carvalho e Julio Rusch que certamente serão titulares agora ou num futuro bem próximo.
Somam-se a eles um goleiro de primeira linha e a chegada de dois meias que devem melhorar bem a meia cancha (Jean Carlos e Chiquinho) e de um bom centroavante (Bruno).
Porém, independentemente de tudo o que aconteceu neste início de ano e no final do ano passado é chegada a hora de apoiar. De sábado em diante é preciso deixar de lado, não o olhar crítico e atento, mas a impaciência com os jovens jogadores, as preferência políticas, o pessimismo, enfim, chegou a hora da união de todos para levar o Coxa de volta a Série A!!!!
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)