Bola de Couro
Mais um fracasso do Coritiba a se somar aos tantos que estamos acumulando nos últimos anos.
Um time que em dois meses não conseguiu vencer uma partida sequer em seu estádio, contra clubes com menor expressão e história, não nos convencendo nem mesmo nas raras duas vitórias obtidas no ano. Um time que conseguiu ser derrotado por uma equipe de trabalhadores que há mais de nove meses não sabia o que era vitória.
Analisar esse arremedo de time é ser repetitivo, é quase perda de tempo.
Como ocorre em qualquer crise – aliás, há quanto tempo o Coritiba vive em crise? – as reações da torcida se dividem entre apontar falhas e sugestões e apontar os culpados pelo fracasso.
Esse encontro de culpados pode ser muito extenso, conforme se retroaja. A força da pelega (no sentido sindical) torcida organizada nas duas últimas eleições, a influência indevida do Alex em uma delas, o sistema eleitoral que permite a escolha com apenas maioria relativa de votos, o erro dos eleitores ao tentar uma aventura com um moço recém-iniciado na vida do clube, enfim, várias causas, das quais não se pode afastar o aumento substancial do nosso passivo financeiro por força da das contratações caríssimas da gestão passada (Alecsandro, Anderson et alii) ou, retroagindo mais ainda, a herança que ate hoje é paga dos desmandos contratuais da era Felipe Ximenes.
Enfim, muitas causas, inclusive a responsabilidade de todos nós, seja por nos deixarmos iludir ou seja por não agirmos.
Mas se há alguns corresponsáveis para o momento que vive o Coritiba, sem dúvida a consumação do fracasso esta na atual diretoria, sua incompetência e soberba. Esteve sob o risco de ser expurgada, mas por questões formais e apelo de um líder, o ex-presidente Vilson, deixou de ser analisado o impeachment ou intervenção, o que talvez tenha sido um erro, pois nem com o susto os aprendizes de diretores se corrigiram. Aliás, tenho que o trancamento do pedido da assembleia geral foi contra a letra do estatuto, mas deixo o tema para outra ocasião, se necessário. Eu fui o primeiro a falar em intervenção, (veja aqui e aqui) mas resultei iludido com a solução conciliatória que, como se vê agora, está se mostrando inócua.
Este espaço e o dos confrades Coxanautas sempre foi e continuará sendo a voz da torcida, visando a ajudar o clube dentro da sua força e influência. As nossas opiniões – e não falo só por mim – têm somente essa finalidade. Não há elogios e nem criticas sistemáticas. Ninguém aqui tem compromisso com amizades ou influências. Eu, usando uma expressão popular, embora me relacione cordialmente com muitos ex-dirigentes, “não levo ninguém para compadre”, os amigos leitores são testemunhas. Talvez nos incluamos no rol dos que se iludiram em algum momento a que me referi antes e nem sempre acertamos em nossas avaliações, mas fiquem certos os leitores de que a nossa voz tem como motivação somente a instituição Coritiba e na direção atual só não encontra eco em face da surdez que a soberba acarreta.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)